terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CASA DA SOLIDÃO

Forte é o sepulcro do preso
Cárcere em sua casa morta
Apenas é fantasma que sonha, em sua cama torta
Que é menino pássaro indefeso.

Sua casa que é uma cidade dentro de outra
É um assombro interminável de corredores
Por onde ecoa os seus gritos, lamentos e dores
Que ninguém houve e se importa só a parede encontra.

Queres tomar um novo caminho?
Mas, sem fé desvia-te, pois todos estão tomados
Aí se senta a ler jornal, ver TV, pobre de seus pensamentos
Que te enlouquecem em ódios condensados.

Ninguém te mandou ter nascido assim, tão errado
Ignorante das coisas sem fim, espalhado em mil pedaços
E dormes a ter cuidado, pois o que te espera
É um rosto sem cara e um coração mal-amado!

(David Lugli)


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